Ninguém nasce sabendo
Eu
fico sempre meio injuriada com essa coisa de dom.
Acho
que tudo é uma questão de prática e de paixão.
Deixa
eu explicar melhor: tem gente que não bota a vida prá funcionar porque não quer
se exercitar.
E
não estou falando de exercício físico, não, mas esta teoria também pode ser
aplicada a ele.
A
gente não nasce sabendo nada. Nasce pequenininho, frágil e vulnerável. Precisa
dos outros prá tudo. Não sabemos nada quando nascemos.
Porém
nos tornamos boas mães, bons médicos, bons cantores, bons cineastas, bons
advogados, bons escritores, boas recepcionistas, bons professores, bons
qualquer coisa a que desejamos nos dedicar.
É
isso. A vida é movida por paixões, e não por dons.
Precisamos
nos apaixonar e nos dedicar a algo para aprender.
E
é preciso começar do zero. Quantas vezes forem necessárias.
A
sensação de estar aprendendo algo novo é indescritível. No começo dói, é difícil, é sofrível, e
só continuamos porque temos paixões.
Sem
paixão a gente larga tudo no meio. Ou continua de maneira apática, como um
zumbi.
Ninguém
nasce sabendo nada. É verdade.
Eu
fico observando aquelas pessoas que já querem que seus primeiros empregos sejam
profissões de sucesso, com altos salários. Ou aqueles que entram na natação
hoje e já querem competir amanhã.
Ou aqueles que
estudam inglês durante um mês e desistem porque acham que o método é muito
demorado.
A verdade é
que praticar cansa se não houver paixão.
Elis Regina
não nasceu sabendo cantar, e nem veio ao mundo com crédito aprovado por Deus.
Ela tinha uma paixão, e estudou, e praticou, e se exercitou, até virar o que
conhecemos.
Pelé não
nasceu sabendo jogar futebol. Praticou porque tinha uma paixão.
Somos movidos
pelas nossas paixões.
Por isso meu
conselho de hoje é simples: apaixone-se e pratique. Desistir é para aqueles que
não acreditam na beleza de seus sonhos e na força de suas paixões.
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