sábado, 5 de maio de 2012

Desabafo de uma mãe!


Eu queria entender como funciona o poder público na íntegra. Queria entender melhor meus direitos se é que eles existem de verdade, porque no papel sei que ele é concreto, mas sei também que não se aplica a prática. Nesse momento me sinto lesada, me sinto enganada, me sinto totalmente desrespeitada. Sou mãe de duas lindas crianças de 1 ano e 5 meses, são gêmeos. E com seus 6 meses de vida inscrevi os meninos na escolinha da prefeitura já sabendo da procura e demanda. Porém Faz dois dias que li na internet que um dos meninos estava no aguardo para matrícula. Se quer fui avisada, ou seja, acho que para eles não importa avisar uma mãe que seu filho por direito tem a vaga que merece. Começa aí o descaso. A parte absurda de tudo isso é que um foi matriculado e o outro não! Questionada por mim, a diretora que acredito tenha comprado o diploma de pedagoga não sabia me responder profissionalmente se aquilo poderia afetar na relação dos meninos. Como ela não teve esse tipo situação lá, pois os gêmeos e trigêmeos que estudam lá entram todos juntos, Lindo! Não tinha como argumentar nada. Não acreditei quando ela confirmou que infelizmente não teria vaga para o outro gêmeo, eu só chorava olhando a carinha dos dois e vendo cada um em é um lugar. Nessa idade ainda é importante que eles estejam juntos. Bom, saí de lá mal. Não consegui conversar. Questionar. Era um sentimento de tristeza pelos meninos e indignação por uma burocracia idiota. Cheguei em casa arrasada. Além da condição do meu retorno ao trabalho com os dois na escolinha, a condição de direito de os dois estudarem juntos. Fiquei triste de ver naquele cargo público uma mulher, mãe, pedagoga e com resposanbilidade social, com tanta falta de sensibilidade e entendimento. Típica funcionária enlatada! Achei muito sem sentindo. Não contente resolvi ligar e falar com ela. Perguntei como ela agiria em uma situação como essa, como seria para criança. Enfim, insisti. Tentei tocar o lado sensível junto com o profissional. Melhor seria não ter perguntado. Não teve argumento que sustentasse uma resposta decente. Ainda por cima me falou que não tem previsão de vaga para o outro gêmeo e que bem possível que ele não entre esse ano. Perguntou-me se eu não tinha condições de pagar meio período em uma escola particular para ele. Bom, como se não bastasse o próximo da lista não era o outro gêmeo. Piada! Mesmo tendo feito a inscrição na mesma hora no mesmo dia e com diferença de dois minutos entre um e outro. Ela me fala que o que aconteceu foi que a outra escolinha (que integra essa) cadastrou ao mesmo tempo e deve ter dado “pane” fazendo com que outra criança entrasse na frente. E terminou dizendo que esse tipo de situação (a “pane” no cadastro ao mesmo tempo) nunca havia acontecido. Só pra terminar mais uma da querida diretora. Minha vizinha inscreveu a filha e no mesmo mês foi chamada, sendo que o critério de vaga é por ordem de inscrição. Senti perseguida, sofrendo qualquer tipo de preconceito, como se eu não tivesse direito, como se fosse eu que estivesse abusando o poder de exercer meus direitos.
Como é possível acreditar que todo o cidadão tem direitos iguais? Como não se indignar com absurdo de impostos que pagamos e não temos dignamente o que de nós é de direito? Como acreditar na formação de quem ocupa um cargo fundamental na educação dessas crianças? Como ter esperança de que teremos progresso?

Sou Mãe, mulher e cidadã de caráter e bom senso!

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